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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Vigia de Nazare - Historia Recheada de Alegria


Igreja de Pedra - Vigia de Nazaré
 Há aproximadamente uma semana, com o intuito de assistir ao  show da minha amada Banda Calypso (que por sinal foi maravilhoso), estive no município de Vigia de Nazaré, localizado a uma hora de Belém, via carro.


O caminho por si só já é um senhor passeio. Saindo de Belém, viajando pela BR 316, passamos por Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Izabel do Pará, todas com seu núcleo urbano bastante desenvolvido.


A partir da entrada na PA 140, a mudança no ambiente já é mais notável. Vaquinhas pastando nas fazendas, presença maior de vegetação na beira da estrada e consequentemente, um clima mais ameno. Daí em diante passamos por Santo Antônio do Tauá e sua vilas, pela entrada que vai para a Ilha de Colares, pela cidade de Santa Rosa e Vigia.


Cidade de belezas encantadoras, Vigia de Nazaré tem em seus quatro cantos, casarões antigos, nos quais os traços da arquitetura colonial são bem evidentes. 
Igreja de São Sebastião


O município de Vigia é um dos mais antigos do Pará. Os primeiros moradores foram os índios Tupinambás, que ergueram no local a aldeia Uruitá. Nessa antiga aldeia, o governo colonial construiu um posto fiscal para proteger, fiscalizar e vigiar as embarcações que abasteciam Belém, evitando o contrabando. Foi a prática de vigiar do posto que deu origem ao nome do município.
Alguns autores acreditam que Vigia seja a mais antiga de todas as cidades da Amazônia, tendo sido fundada por Francisco Caldeira Castelo Branco durante sua expedição de conquista do Grão-Pará, em 06 de janeiro de 1616, seis dias antes da fundação de Belém.
A cidade tem uma das mais ricas culturas do Estado. É em Vigia, que pertence a região do Salgado, que está o círio mais antigo do Pará, a Festa de Nossa Senhora de Nazaré, o famoso carimbó (onde a tradição dos grupos folclóricos e compositores do ritmo é preservada), vilas de pescadores, monumentos e prédios antigos, além de outras atrações culturais.
Em 1889, com a Proclamação da República, Vigia fez sua adesão ao novo regime e partiu para uma nova fase de sua história. A cidade, que sempre foi palco de fatos importantes da história paraense, teve filhos ilustres, entre intelectuais, poetas, artistas e escritores. Não é à toa que é considerada por seus habitantes e admiradores como uma importante referência artística e cultural. Uma verdadeira "Atenas Paraense".

CarnavalO Carnaval é considerado uma das festas mais animadas e representativas do mundo, uma festa completamente popular que reúne pessoas de diferentes raças, cores, credos e sexo.Em Vigia de Nazaré não poderia ser diferente. O Carnaval de Vigia foi eleito um dos mais animados do Estado, e ultimamente vem sendo o mais procurado, reunindo no ano de 2007 mais de 250.000 mil pessoas em busca de diversão, ano em que o carnaval se firmou como a maior festa de rua do Estado do Pará e a terceira do Brasil.Na cidade de Vigia, a festa manteve suas tradições originais. As Virgienses, Os Cabrassurdos e a Gaiola das Loucas, blocos tradicionais na cidade que ganham as ruas na segunda-feira gorda, fazem sucesso nacionalmente. Já há algum tempo, porém, a festa deu lugar a blocos maiores, agregando ao carnaval de rua, trios elétricos e bandas famosas na região Norte.
Essa heterogeneidade de estilos que agrada a todos os gostos, é uma das características do carnaval de Vigia, que ainda conta com 4 (quatro) escolas de samba para a diversão dos foliões.

Blocos Tradicionais

As Virgienses
O primeiro bloco tradicional da cidade surgiu há cerca de 23 anos, com um grupo pequeno de homens fantasiados apenas para se divertir. Com o passar do tempo o grupo foi crescendo e hoje conta com quase 20 mil homens vestidos como verdadeiras damas. Vasculham armários de suas irmãs, esposas, namoradas e mães atrás de vestidos, saias, bijuterias e – pasmem! – salto alto. Alguns inclusive preferem autenticidade e criam suas próprias fantasias, geralmente inspirados em personagens de novela e quadrinhos ou pessoas famosas.

Cabrasurdos
As mulheres, sentindo-se excluídas da festa e vendo seus maridos saírem para se divertir, resolveram também criar um bloco para fazer frente aos homens, já que nas Virgienses “mulher não entra, senão...”.A adesão foi cada vez maior e há 14 anos Os Cabrassurdos é sucesso na avenida, com cerca de 10 mil mulheres fantasiadas de homem.


Gaiola das Loucas
O Bloco surgiu como uma forma de representação da classe gay no Carnaval, já que existia um bloco exclusivo para homens. Formado unicamente por homossexuais, o bloco criado por Zé Renato e Nonatinho estreou na avenida em 1991, com 15 brincantes puxados por uma carroça de gado.No ano de 2007, a “Gaiola” saiu com 800 participantes, contando com turistas de todo o Estado, assim como de São Paulo e inclusive da Europa.

1 comentários:

wendell disse...

Gostaria que fosse feito uma correção quanto ao nome da Igreja acima: esta não é a Igreja de São Sebastião e sim a Igreja Matriz da Vigia