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quinta-feira, 10 de março de 2011
Governo cobra dívida da Vale
13:50 |
Postado por
Andrew Botti
O jornal Folha de S. Paulo noticiou que o governo brasileiro estaria cobrando da mineradora uma dívida de quase R$ 4 bilhões de royalties pela exploração de minério de ferro. A cobrança gerou mais um atrito na relação da empresa com o governo na semana passada, contornado após conversa por telefone entre o presidente da Vale, Roger Agnelli, e o ministro Edison Lobão (Minas e Energia). Os dois devem se encontrar nesta semana, em Brasília, para buscar um acordo sobre a cobrança dos royalties do setor -a CFEM (Compensação Financeira
pela Exploração de Recursos Minerais). Segundo a Folha apurou, o DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), responsável pela fiscalização da cobrança de royalties, cobra uma dívida de R$ 900 milhões pela exploração de minério no Pará e cerca de R$ 3 bilhões pela mineração em Minas Gerais. A Vale não concorda com o valor e diz que sua dívida, se procedente, não passa da metade desse montante. Na semana passada, procurada, a empresa não quis se manifestar oficialmente sobre o assunto.
A notícia é negativa para empresa, não tanto pelo montante envolvido, mas pelo newsflow e pelo receio de mudanças na política
de cobranças de royalties. Os R$ 4 bilhões supostamente devidos pela Vale, representam 8,6% da geração de caixa da empresa dos últimos 12 meses e 1,4% do valor de mercado da Vale. Adicionalmente, em outros casos anteriormente a Vale conseguiu recorrer a decisões.
No dia 25 de fevereiro, por exemplo a superintendência do órgão (DNPM) no Pará abriu processo para cassar a concessão da Vale na mina de Carajás, o motivo seriam divergências na base de cálculo usada pela mineradora para recolher os royalties. O presidente da Vale Roger Agnelli recorreu ao ministro Lobão e a a direção nacional do DNPM decidiu revogar, no dia 1º deste mês, a abertura do processo diante da avaliação de que o superintendente no Pará não tinha autonomia para a iniciativa. As disputas por aumento de royalties em cima do minério brasileiro são antigas e tem estado no radar dos investidores. Entendemos que o avanço dos royalties na mineração é uma realidade mundial, com alta concretizada na Austrália e discussões em andamento no Chile.
Ainda assim, uma elevação de royalties não é algo tão eminente, e que deverá passar por uma série de discussões e aprovações políticas, o que deverá fazer com que o possível aumento de alíquota fique para 2012. Em nosso entendimento um aumento de alíquota de de 2% para 5%, teria um impacto reduzido sobre a empresa, algo em torno de 5% no Lucro da companhia em 2011.
Apesar de acreditarmos que essa notícia possa afetar o curto prazo da empresa, vemos seus fundamentos de longo prazo como intactos.
Fonte: Papo de Bolsa
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