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domingo, 13 de fevereiro de 2011
Dorothy Stang: Sexto ano de sua morte é lembrado no Estado
09:14 |
Postado por
Andrew Botti
A passagem do sexto aniversário de morte da missionária Dorothy Stang foi lembrado na capital paraense e em Anapu, povoado onde a freira norte-americana naturalizada brasileira foi morta com seis tiros, no dia 12 de fevereiro de 2005, aos 73 anos. A missionária iniciou sua luta pela melhoria das condições de vida da população rural da Amazônia ainda na década de 70. A irmã Dorothy atuava no sentido de encerrar os conflitos armados envolvendo as disputas pela terra na região.
Senadora pelo PSOL do Pará, Marinor Brito lembrou que a irmã Dorothy foi um exemplo pela luta contra o latifúndio na Amazônia. Ela lamenta, no entanto, que a região ainda seja palco de conflitos de terra e exploração ilegal de madeira até os dias de hoje.
– Os madeireiros da região conseguiram infiltrar pessoas no acampamento e estavam desviando na madrugada, saindo com os caminhões de madeira como se nada tivesse acontecido, como se nunca tivesse feito o anúncio para o mundo de que ali tinha um movimento de resistência em defesa da Amazônia – revela a senadora.
Cinco pessoas foram condenadas como mandantes ou autoras do assassinato. Regivaldo Pereira Galvão e Vitalmiro Bastos de Moura foram condenados a prisão como mandantes do crime. Galvão, conhecido como Taradão, aguarda recurso em liberdade.
Manifestação
A Comissão Pastoral da Terra também lembrou o sexto aniversário de morte da irmã Dorothy com um protesto contra a construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu (PA). Representantes de movimentos sociais, sindicais, religiosos e nações indígenas participaram da programação deste fim de semana em Anapu. O padre José Amaro Lopes de Sousa, da CPT, afirma que o projeto de Belo Monte está sendo empurrado “goela abaixo, de qualquer jeito”.
A missionária Jane Dwyer, da mesma congregação de Dorothy (Notre Dame), diz que a obra “vai atingir a vida do povo indígena, influenciar todo o meio ambiente e criar um problema social monstro na região”. A irmã Dorothy também era contrária à construção da hidrelétrica, diz Dwyer.
Em nota divulgada, na véspera, a CPT diz que “os interesses do capital e dos grupos que assassinaram irmã Dorothy continuam presentes” e acusa madeireiros de organizarem a derrubada de árvores no PDS Esperança, área defendida por Stang.
Fonte: Correio do Brasil
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